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7 melhores modelos de gestão da mudança para 2024

Written by Sarah Chohan | 30/out/2024 10:00:00

A gestão da mudança nem sempre é fácil, especialmente num ambiente empresarial. Embora seja uma parte inevitável do crescimento, a mudança organizacional é um desafio contínuo que requer estratégias eficazes para uma implementação bem-sucedida. A realidade é que quando as organizações começam a crescer, a mudança rapidamente se torna incontrolável sem processos para orientar a força de trabalho.

A estratégia empresarial tradicional frequentemente não se preocupa em criar uma história ou narrativa sobre as suas ações para que os seus colaboradores e o mundo se possam identificar. Para que a estratégia se torne realidade, as pessoas precisam de se ver na história e depois agir para fazer a história acontecer.

Beth Comstock, Imagine It Forward.

O que são Modelos de Gestão da Mudança?

Os modelos de gestão da mudança são um conjunto de ações utilizadas para realizar projetos de transformação dentro de uma empresa. O objetivo é criar a metodologia de gestão da mudança adequada para facilitar a adaptação dos colaboradores a novas práticas, tecnologias, fusões, etc.

Os modelos de gestão da mudança foram desenvolvidos em resposta a observações humanas no local de trabalho para ajudar a eliminar a resistência dos trabalhadores à mudança. Compreender os diferentes modelos de gestão da mudança é a chave para criar e implementar a metodologia de gestão da mudança correta para a sua organização.

Explore 7 dos modelos de gestão da mudança mais conhecidos para orientar os seus futuros projectos de gestão da mudança.

1. Modelo de Mudança de Lewin

Embora remonte aos anos 40, este método continua relevante hoje. Para Kurt Lewin, a gestão da mudança deve ser realizada em três fases: descongelamento, modificação e recongelamento.

  1. A primeira fase implica a preparação para a mudança. É o momento em que se enfrenta um novo problema e ainda não existe compromisso com a ação.
  2. Durante a segunda fase, a pessoa está ativamente preparada para fazer a mudança e enfrentar a incerteza. Simboliza o receio de abandonar processos antigos e a resistência à mudança.
  3. Durante a terceira fase, ocorre uma transformação e a pessoa está pronta para recongelar no seu novo estado. Quando as 3 fases estão completas, considera-se que ocorreu uma transformação bem-sucedida.

2. Modelo ADKAR

O acrónimo ADKAR significa Consciencialização (Awareness), Desejo (Desire), Conhecimento (Knowledge), Capacidade (Ability) e Reforço (Reinforcement). Criado por Jeffrey Hiatt, fundador da Prosci, o modelo baseia-se na análise de centenas de mudanças organizacionais, bem-sucedidas e malsucedidas, ao longo de vários anos.

  • “Consciencialização” é quando um colaborador se apercebe da necessidade de mudança
  • “Desejo” refere-se à vontade de participar na mudança
  • “Conhecimento” refere-se ao conhecimento necessário para conduzir a mudança
  • “Capacidade” é a aptidão para usar esse conhecimento na implementação da mudança
  • “Reforço” refere-se a tudo o que permite que a mudança seja sustentável

Este método tem um objetivo muito claro: facilitar a gestão da mudança a nível individual. Aqui, a mudança em si não é tão importante quanto o desejo de mudar.

3. Modelo 7-S da McKinsey

modelo 7-S foi criado no final dos anos 70 por consultores da McKinsey. É utilizado para avaliar como diferentes partes de uma organização operam de forma interdependente. De acordo com esta metodologia, sete elementos fundamentais são necessários para qualquer negócio.

O modelo 7-S é composto por elementos “hard” e “soft”:

Elementos Hard Elementos Soft
Estratégia Estilo
Estrutura Pessoas
Sistema Competências

O modelo sugere que estes sete elementos estão interligados e podem ajudar as empresas a atuar com vantagem competitiva. Implica que se um elemento for modificado, haverá um efeito dominó que afetará todos os outros.

4. Modelo de 8 Etapas de Kotter

Criado pelo especialista em gestão da mudança John Kotter, o modelo de oito etapas é uma forma de gestão que se concentra principalmente na psicologia dos colaboradores durante a mudança, mais do que na própria mudança. É um roteiro para líderes de mudança de todos os níveis. Após observar mais de cem empresas, John Kotter identificou 8 etapas principais necessárias para conduzir um projeto de mudança.

  1. Criar um sentido de urgência para motivar os colaboradores
  2. Construir uma equipa de líderes e defensores para conduzir o projeto
  3. Definir uma visão estratégica
  4. Garantir transparência e comunicação com todos os envolvidos
  5. Identificar todos os possíveis obstáculos e barreiras
  6. Criar objetivos de curto prazo alcançáveis
  7. Facilitar o momento
  8. Manter a implementação de novas práticas para que permaneçam ancoradas na cultura empresarial

5. Modelo de Transição de Bridges

William Bridges é um consultor de mudança responsável pelo modelo de transição Bridges. A abordagem baseia-se numa análise humana do que as pessoas experienciam durante a mudança, prestando particular atenção à transição em curso. Bridges reconheceu três fases pelas quais uma empresa deve ajudar a orientar os seus colaboradores:

Fim e desprendimento A primeira fase é onde nasce a resistência e onde os colaboradores precisam de abandonar a estabilidade para dar lugar à mudança.

A zona neutra A segunda fase assemelha-se a um estado de limbo, onde os colaboradores estão presos entre abandonar o antigo e acolher o novo.

O novo começo A terceira e última fase é um estado de aceitação e adoção da mudança.

6. Curva da Mudança de Kübler-Ross

Elisabeth Kübler-Ross desenvolveu a curva da mudança. O modelo segue as cinco fases do luto que as pessoas experimentam durante a mudança. Reconhece a nossa resposta emocional à mudança, que é frequentemente negligenciada no mundo empresarial.

Para experimentar o luto, Kübler-Ross sugere que passamos por cinco fases:

  • Negação
  • Raiva
  • Negociação
  • Depressão
  • Aceitação

O modelo destaca a nossa necessidade de empatia e comunicação transparente durante a mudança. A curva de Kübler-Ross também implica a importância de reconhecer que cada pessoa atravessa estas fases de forma diferente.

7. Ciclo PDCA de Deming

Desenvolvido pelo Dr. Deming, o ciclo PDCA (Plan-Do-Study-Act) é também conhecido como a Roda de Deming.

  • Planear (Plan) – Identificar o que necessita de melhoria e elaborar um plano.
  • Fazer (Do) – Testar o plano num pequeno grupo.
  • Estudar (Study) – Examinar os resultados para determinar o sucesso.
  • Agir (Act) – Utilizar os resultados para tomar medidas.

Este modelo é um processo circular que promove a melhoria contínua. Das etapas 1 a 4, o processo ajuda a identificar melhorias e as ações necessárias para as concretizar.

Como Selecionar o Modelo de Gestão da Mudança Certo

Não existe um modelo de gestão da mudança certo ou errado a seguir. Como organização, pode selecionar e combinar partes de cada modelo para criar uma metodologia de gestão da mudança adequada ao seu projeto.

O consenso entre os diferentes modelos é colocar os seus colaboradores no centro da mudança e envolvê-los em todas as etapas do processo. A mudança precisa de permear todos os níveis de uma organização para ser homogénea e sustentável.

Quer esteja a trabalhar em mudanças em toda a empresa ou numa única área, existem também ferramentas disponíveis no mercado para facilitar a gestão da mudança. Na Lemon Learning, especializamo-nos em adoção digital, gestão da mudança e projetos de transformação digital. A nossa plataforma é concebida para melhorar imediatamente o desempenho e a confiança dos utilizadores desde o momento em que acedem às suas ferramentas. Editores de projetos e gestores de formação podem aceder a análises detalhadas do comportamento dos utilizadores para uma tomada de decisão baseada em dados.